O
Que é Projecto II PIR PALOP
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Programa Regional PALOP – Fundamentação
e estrutura
- Justificação e Génese
Projecto II PIR PALOP
- Projecto II PIR PALOP
- Âmbito da intervenção
- Metodologia de implementação
- A Coordenação, Supervisão
e Gestão
- Financiamento
- Ficha Técnica
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Programa
Regional PALOP – Fundamentação e estrutura
A
criação do Programa Regional PALOP, está
consignada no artigo 156 ponto 4 da Convenção
de Lomé que promove a criação de programas
regionais, em que os Países beneficiários se
agrupam, com base em critérios divergentes da continuidade
geográfica.
É
nesse contexto que surge o Programa Regional PALOP (Países
Africanos de Língua Oficial Portuguesa) e é
com fundamento nos artigos 160,161 e 281 da 4ª Convenção
de Lomé revista que o citado programa é financiado,
no quadro do 8° FED (Fundo Europeu de Desenvolvimento),
tendo anteriormente sido financiado no quadro do 7º FED
ao abrigo da 4ª Convenção de Lomé,
dando assim respectivamente origem ao PIR (Programa indicativo
regional) PALOP II e I.
O
acordo de Cotonou, reforça esta modalidade de integração
regional, explicitando que “a cooperação
contribui eficazmente para a realização dos
objectivos e prioridades fixadas pelos estados ACP no quadro
da cooperação e integração regional
e sub-regional, incluindo a cooperação inter-regional
e intra-ACP. (...)”. Ao mesmo tempo foram criados os
adequados mecanismos financeiros de viabilização
deste tipo de projectos.
O segundo Programa Indicativo Regional (PIR PALOP II), assinado
em 5 de Março de 1997 entre os governos dos Cinco países
de expressão oficial portuguesa (Angola, Cabo Verde,
Guiné-Bissau, Moçambique e S. Tomé e
Príncipe) e a Comissão Europeia, surge neste
contexto e reflecte o interesse mutuo dos signatários
em reforçarem sectores chave que visam a promoção
da boa governação e do desenvolvimento económico
e social (Reforma da Administração Pública,
Justiça, Educação, Cultura e Estatística).
O
Projecto “Apoio ao Desenvolvimento dos Sistemas Estatísticos
dos PALOP (REG/6458)”, é parte integrante deste
Programa cuja coordenação global e assessoria
técnica são assegurados pelos projectos instrumento
: “Secretariado Técnico para a Coordenação
geral dos Programas Regionais PALOP (REG/7901/010)”
e “Assistência Técnica ao Programa Regional
PALOP (REG/7901/011)”.
Justificação
e Génese Projecto II PIR PALOP
A
análise feita ao estádio de desenvolvimento
em que os Cinco se encontram no sector da estatística,
identificou um conjunto de problemas comuns que estão
na génese do actual Projecto: escassos meios humanos,
materiais e financeiros; ausência de planos de trabalho
integrados e prioridades definidas e hierarquizadas; inoperacionalidade
dos instrumentos de coordenação; forte rotação
dos recursos humanos provocada pelas fracas expectativas profissionais;
atrasos e inadequação na cobertura e qualidade
de algumas estatísticas para as necessidades dos utilizadores.
Os
problemas comuns, conjugados com a utilização
da língua oficial comum e o percurso recente dos INE’s
dos PALOP nos seus processos de reforma dos sistemas nacionais
de estatística, alicerçam a justificação
Projecto II PIR PALOP. Contudo, esta integração privilegia
as sinergias possíveis com outros programas e/ou projectos
em curso nos países, bem como a vertente da integração
sub-regional. São os casos de Angola e Moçambique
integrados na SADC, S. Tomé e Príncipe na CEAC
e Guiné-Bissau e Cabo Verde na CEDEAO e particularmente
no domínio da estatística no AFRISTAT.
O
presente Projecto pretende dar continuidade e consolidar os
resultados do projecto anterior, iniciado no âmbito
do 1º PIR, (1996-2000), cuja unidade técnica de
coordenação se encontrava sedeada na Guiné-Bissau.
Esse projecto, permitiu dotar os INE’s de todos os países,
com conhecimentos básicos no âmbito das matérias
estatísticas, nomeadamente económicas, assim
como desenvolver um sistema multiplicativo de capacidade formativa.
O
estudo de viabilidade Projecto II PIR PALOP (1998), identificou que
os PALOP, no domínio da estatística, constituem
um grupo homogéneo com múltiplas experiências
de cooperação comum e reafirma a vontade inequívoca
dos Cinco em reforçar esta cooperação
através de mecanismos de implementação
que procuram aproveitar as capacidades internas.
As
abordagens mais recentes, dos Planos Nacionais de Desenvolvimento
Económico e Social, em curso nos Cinco, integram preocupações
novas (Pobreza, ambiente, governação, género)
em que os INE’s têm intervenção
activa nas fases do diagnóstico, seguimento e avaliação.
Apesar
dos esforços desenvolvidos no 1º PIR e outros
apoios recebidos, no início deste Projecto (2002) não
podemos falar de uma verdadeira descolagem dos sistemas estatísticos
dos Cinco que dê resposta às referidas crescentes
necessidades. No entanto, de entre os progressos verificados
relativamente ao 1º PIR, assinala-se que em todos os
países se procedeu à reforma dos sistemas estatísticos
através de aprovação de legislação
de enquadramento e regulamentação da produção
estatística o que constitui a “pedra de toque”
para o desenvolvimento dos sistemas estatísticos.
O
Projecto
Foi
assinado em Dezembro de 2001 o Acordo de Financiamento (Acordo
nº 6458/REG) entre a Comissão das Comunidades
Europeias e os Cinco Países Africanos de Língua
Oficial Portuguesa “PALOP”, para garantir o financiamento
Projecto II PIR PALOP “Apoio ao Desenvolvimento dos Sistemas Estatísticos
dos PALOP”. Este Acordo é compatível com
as prioridades da cooperação da UE com os PALOP:
“Melhorar os dados estatísticos, para formar
uma opinião pública bem informada” e traduz
a vontade das partes em melhorar e harmonizar a informação
estatística necessária para os decisores públicos
e os agentes económicos e sociais e, no contexto da
boa governação, promover uma opinião
pública bem informada.
O
objectivo específico do projecto, é o reforço
dos sistemas estatísticos dos Cinco, através
da adopção de metodologias e instrumentos de
trabalho comuns.
A
data de arranque Projecto II PIR PALOP ocorreu em 9 de Maio de 2002
e a duração prevista de execução
é de 5 anos.
Âmbito
da intervenção
O
Projecto abrange um campo restrito dos domínios da
estatística, pelo que, deve ser entendido apenas como
um instrumento da estratégia global da produção
estatística dos INE’s dos PALOP. Face a esta
limitação, e na perspectiva do desenvolvimento
harmonioso e racionalização de meios, na abordagem
das actividades, houve a preocupação de integrar
a vertente transversal tanto ao nível dos apoios como
na complementaridade entre as acções, principalmente
nas estatísticas de síntese (Contas Nacionais
e Conjuntura). Assim, na concepção, foram tidas
em conta as sinergias possíveis com outros programas
e/ou projectos em curso nos países, bem como a vertente
da integração sub-regional. Neste quadro, o
papel a desempenhar pelo Projecto Complementar Português,
é crucial para a implementação das metodologias
comuns desenvolvidas nas actividades Projecto II PIR PALOP.
Os
domínios relativos à Coordenação,
Difusão, Nomenclaturas e Contas Nacionais são
considerados estruturantes para os Sistemas Estatísticos
Nacionais (SEN). Os Inquéritos às Empresas,
prosseguem objectivos de natureza sectorial e, os indicadores
de conjuntura, procuram avaliar o impacto das medidas de politica
no curto-prazo e as tendências e o comportamento dos
agentes económicos.
Embora
algumas questões da ordem do dia, não sejam
objecto de apoio directo por parte Projecto II PIR PALOP, elas vão
sendo incorporadas na metodologia de implementação.
Destacamos a necessidade de integração em todas
as operações estatísticas dos princípios
e recomendações do SGDD (Sistema Geral de Difusão
de Dados) publicado pelo FMI em 1998. Também as reflexões
dos especialistas do PARIS XI, no que respeita ao desenvolvimento
da cultura dos estaticistas e as abordagens relativas aos
processos da coordenação e da difusão,
estão presentes no processo de implementação.
Metodologia
de implementação
No
que respeita à metodologia de implementação,
foram tidas em contas as lições e recomendações
da avaliação final do 1º PIR PALOP, com
incidência nos campos da coordenação,
da gestão e da multiplicação e divulgação
das acções nos INE’s nos países
beneficiários. No quadro da promoção
da sustentabilidade das actividades e motivação
dos técnicos dos PALOP, foi proposta a criação
da figura de “pólos dinamizadores” para
as actividades das Contas Nacionais (INE de Moçambique)
e Inquéritos às Empresas (INE de Cabo Verde)
domínios em que lhes foi reconhecida capacidade instalada
e competências especificas. Esta metodologia poderá
ser alargada em outros domínios e países beneficiários.
Igualmente se destaca a associação de co-financiadores
(CE e Portugal) em torno de objectivos comuns.
Tendo em conta o papel Projecto II PIR PALOP no quadro global da estratégia
dos INE’s, a identificação das intervenções
teve em conta critérios de (i) priorização
de actividades comuns com impacto na produção
das estatísticas económicas; (ii) desenvolvimento
das questões técnicas; (iii) equilíbrio
entre acções de formação necessárias
à realização das acções
e da actividade estatística em geral; (iv) apropriação
e sustentabilidade e (v) a eficácia dos recursos, medida
na contribuição para os objectivos Projecto II PIR PALOP.
As
actividades foram distribuídas em duas componentes:
Reforço da Capacidade Institucional e Metodologias
Comuns. Uma terceira componente, Coordenação,
Avaliação e Gestão, constitui um instrumento
de apoio às outras duas componentes operacionais.
A
Coordenação, Supervisão e Gestão
A
Coordenação Projecto II PIR PALOP compete ao Comité
de Coordenação, constituído pelos Directores
dos Institutos Nacionais de Estatística dos Cinco PALOP,
o Chefe Projecto II PIR PALOP, os Representantes da Comissão
Europeia e da Cooperação Portuguesa (no âmbito
Projecto II PIR PALOP Complementar), estes dois últimos com o
estatuto de observadores. Reunirá anualmente, para
definir as orientações Projecto II PIR PALOP e discutir
e aprovar os Relatórios Anuais e os Planos de Actividades
apresentados pela UTGP.
A
organização e coordenação global
das actividades, é da responsabilidade da UTGP, sedeada
em S. Tomé e Príncipe, em articulação
com os Elos de Ligação dos países onde
vierem a ser realizadas as actividades.
A
equipa de trabalho é constituída pelo Chefe
Projecto II PIR PALOP, um Assistente Técnico Internacional (Missões
intercalares), um Contabilista, um Secretário e um
Motorista.
Financiamento
O
orçamento Projecto II PIR PALOP é de 2,3 milhões
de euros, distribuídos pelas seguintes categorias de
despesa:
Categorias
|
|
Unidade de Gestão e equipamentos
Coordenação e supervisão
Projectos estatísticos
Formação
Desenvolvimento de software
Avaliações e Auditorias
Imprevistos |
550.000,00
205.000,00
950.000,00
180.000,00
220.000,00
85.000,00
110.000,00 |
Total
|
2.300.000,00 |
Está
garantido o co-financiamento de Portugal para a implementação
das metodologias comuns.
Ficha
Técnica
Ficha
Projecto II PIR PALOP |
Nº
do Acordo de Financiamento FED
Nº Contabilístico Projecto II PIR PALOP |
6458/REG
8 ACP MTR 3 |
Entidade
adjudicante
|
Ordenador
Regional do FED de São Tomé e Príncipe
|
Autoridade
responsável pela execução Projecto II PIR PALOP |
Fiscal
Projecto II PIR PALOP – Ministra do Plano e Finanças |
Beneficiários |
Cinco
Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa
(PALOP): Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique,
São Tomé e Príncipe |
Data
de assinatura do Acordo de Financiamento |
17
de Dezembro de 2001 |
Data
de arranque Projecto II PIR PALOP
Data de início das actividades
Data limite para a conclusão Projecto II PIR PALOP |
9
de Maio de 2002
9 de Setembro de 2002
31 de Dezembro de 2007 |
Data prevista para a conclusão das actividades
Financiamento da UE
|
8 de Março de 2007
2,3 milhões de euros
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